domingo, 13 de maio de 2007

A ponte- Lenine

"Como é que faz pra lavar a roupa?Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?Pela ponte, pela ponte
A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento.
Nagô, nagô, na Golden Gate..."


Não saberíamos pensar na definição certa do Recife. Dar-se-ia essa por uma letra de música? Ou por parte dela?
Seria pequeno de mais pensar em uma Recife definida.
Cidade linda, início de uma nação, com seu formato "sol que surge das águas do mar", com suas revoltas, seu cais. Manguetown, mais comumente conhecida e imortalizada por nosso Science, tanto com críticas sociais como com a multiculturalidade dessa "maior das cidades pequenas", cantada ao som do batuque do maracatu e de sua excentricidade marcante.
Até seu cheiro é único. Recife de música, de correria, de engarrafamento, de enchentes, de projetos, de calor humano.

Parece ter dupla personalidade.
É incrível acordar aqui, sentir o sol forte, poder ter orgulho do patrimônio imaterial nacional; o frevo. Andar por suas pontes, ser pernambucano...
Assim como é incrível, quase inacreditável, continuar andando e ver sua poluição, suas crianças, e os nem tão jovens, nas ruas correndo com a carteira furtada na mão, o descaso nas paredes, nos muros, ler sobre o ranking de mortes por agressão a mulheres e o resto que não foge aos problemas de qualquer outra metrópole....
Mas haja paradoxos! " Oxe"!

Afinal:
O que é Recife?


Bom Chá pra você